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16 de julho de 2009

Another day

Tinha eu os meus 13 anos quando descobri na casa do meu irmão uma cassete com uma capa cinza que logo me prendeu. It'll End in Tears dos This Mortal Coil (Ivo e 4AD em grande). A voz que nos torna nefelibatas de Liz Fraser entranha-se com Song to the siren; mas esta Another Day também toca fundo. A versão original de Roy Harper é, num registo diferente, igualmente digna de admiração.
Eis a letra:
The kettles on, the sun has gone, another day
She offers me, tibetan tea, on a flower tray
Shes at the door, shes wants to score, she really needs to say:
i once loved you a long time ago, you know
Where the winds own forget-me-nots blow, you know
But I couldnt let myself go
Not knowing what on earth there was to know
But I wish that I had, cause it makes me so sad
That I never had one of your children.
Across the room, inside a tomb, a chance is waxed and waned
The night is young, why are we so hung-up, in each others chains
I must take her, I must make her, while the dove domains
See the juice run as she flies
Run my wings under her sighs
As the flames of eternity rise
To lick us with the first born lash of dawn
Oh really my dear, I cant see what we fear
With ourselves, sat here between us
And at the door, we cant say more, than just another day
Without a sound, I turn around, and I walk away

8 de novembro de 2006

Yulunga/Rakim/Cantara - Dead Can Dance

Nome incontornável da 4AD - o que é, em regra, sinal de qualidade - os Dead Can Dance, formados por Lisa Gerrard e Brendan Perry, são um dos mais interessantes projectos de música étnica de fusão. O background anglo-saxónico dos autores penetra harmoniosamente nos sons orientais e/ou africanos e/ou medievais e/ou renascentistas, musicando uma globalização de integração ou de inclusão que noutros domínios permanece arredada.

Acresce que a precisão poderosa das vozes contrárias mas em convergência de Lisa e de Perry acomodam o ambiente de forma inefavelmente cativamente, ao ponto de nos transportarem para dentro de uma lendária epopeia imaginária.
Ouvir Dead Can Dance é uma experiência que não pode deixar de ser vivida e apreciada.






25 de outubro de 2006

Tango - Throwing Muses

Liderados por Kristin Hersh, os Throwing Muses encontram no seu curriculum o facto de terem sido a primeira banda norte-americana a assinar um contrato com a prestigiada 4AD.
Kristin Hersh assumiu desde a fundação da banda o encargo da autoria das letras e músicas, secundada até ao início dos anos 90 pela sua meia-irmã Tanya Donelly (mais tarde integrante dos Belly e Breeders, nestes juntamente com Kim Deal, dos Pixies).
Throwing Muses é uma extensão de uma dimensão da personalidade de Kristin que, para além deste projecto, se revela a solo e nos mais pesados 50FOOTWAVE.
Tango é um dos melhores exemplos do talento de Kristin em transformar simples acordes em músicas completas transparecendo confiança.
Respeito imenso a sua obra.



Song to the siren

Song to the siren para iniciar as minhas revelações não foi uma escolha...foi uma obrigação!
Esta é daquelas canções que se entranham verdadeiramente.
Pela sua simplicidade extasiante; pela sua paz melodiosa mas intrigante; pela interpretação sentida quer do seu (co-)autor (a letra, porém, é de Larry Beckett) e primeiro executante, o saudoso Tim Buckley, poeta e trovador, quer pela mais-linda-voz-feminina de Elizabeth Fraser, dos Cocteau Twins, aqui concretizando o projecto do senhor Ivo Watts-Russel, da 4AD, This Mortal Coil; quer pela força do poema que aqui deixo.

"On the floating, shapeless oceans
I did all my best to smile
til your singing eyes and fingers
drew me loving into your eyes.
And you sang "Sail to me, sail to me;
Let me enfold you."
Here I am, here I am waiting to hold you.
Did I dream you dreamed about me?
Were you here when I was full sail?
Now my foolish boat is leaning,
broken love lost on your rocks.
For you sang,
"Touch me not, touch me not, come back tomorrow."
Oh my heart, oh my heart shies from the sorrow.
I'm as puzzled as a newborn child.
I'm as riddled as the tide.
Should I stand amid the breakers?
Or shall I lie with death my bride?
Hear me sing: "Swim to me, swim to me, let me enfold you."
"Here I am. Here I am, waiting to hold you."


Seguramente, um dos mais fortes hinos à beleza melancólica que por vezes caracteriza o amor...